Ideias de Chirico

offpunk

Texto alternativo: um homem de roupa da moda dos anos 1960 manuseando sentado no chão um computador de mesa assentado em um cenário rural

Imagem: Jeff Ball (via are.na). Este sou eu escrevendo esta ideia de Chirico.

Aquela publicação que lanço quando quero escrever sobre o que tenho lido, discutido e pensado sem precisar de algum fio condutor. Provavelmente a última do ano. Até o próximo, estarei pensando em

Um vindouro manifesto

Isso porque penso seriamente em abrir um novo blogue chamado Offpunk, onde eu manteria um diário de bordo mostrando formas de resistir à digitalização, de viver sem a alta tecnologia e abrir caminhos para uma vida desconectada, independente das Big Tech; ou, como nas palavras de Eduardo Fernandes da newsletter Texto sobre Tela (veja a ponte no na seção Linkroll), buscando “a obsolescência como uma estratégia de liberdade”.

Tomo esse nome de empréstimo de um navegador feito para, acima de tudo, funcionar offline, que foi desenhado pelo escritor e desenvolvedor belga @ploum@mamot.fr.

• Offpunk, an offline-first command-line browser.

Mas penso em antes desenvolver um postura e uma estética em cima desse conceito. Penso em organizar referências culturais, apontar exemplos e caminhos nessa direção. O que nele se diferenciaria do “minimalismo digital” é que estaria relacionado a coisas como: voltar-se ao “low tech”, ao comunitário, ao analógico, ao não elétrico, à permacomputação; manter um estilo de vida de anticonsumo; e utilizar a internet de forma mais intencional, seguindo o ritmo da Slow Web. Para tanto, acho que vale pensar também em dispositivos configurados para esse propósito. Nesse sentido um texto do Ploum que traduzi chamado “Um computador feito para durar 50 anos” vai nessa direção.

• “O computador feito para durar 50 anos”, de Ploum (Ideias de Chirico).

Os argumentos são os de sempre: ter uma vida mais balanceada, mais presente, menos vigiada e com os dados menos explorados, sem se abster totalmente, no entanto, dos serviços digitais. Porém, ao contrário da postura neoliberal e individualista de buscar um “detox digital” em prol da produtividade, gostaria de dar um teor político a essa postura, defendendo o acesso à cidadania e ao lazer sem o intermédio do digital, e o direito à privacidade, a uma infância e uma velhice desdigitalizadas e a uma vida lenta.

Estou retirando muitas ideias dos textos que leio do Ploum, do Low-Tech Magazine (também de origem belga inclusive), bem como de um livro chamado “Digital Detox: a política da desconexão” (da escritora norueguesa Trine Syvertsen) ― que, se não me engano, ainda não foi traduzido para português (leio-o em inglês).

Acho que no começo do ano que vem faço ao menos um pequeno ”manifesto offpunk”, que pretendo traduzir em inglês e em francês. Escrevo isso mentalmente até lá. Aliás, o Ploum mesmo já se propôs a me ajudar na escrita.

Ainda sobre tecnopunkicidades...

Incrível como o simples fato de eu não acessar o Instagram faz algumas pessoas pensarem que sou um eremita, que vivo nas cavernas.

O produtor gráfico do meu livro falou mais cedo:

Não se você sabe, já que não usa mais o Instagram, mas aqueles casos de feminicídio estão sendo bastante discutidos...

(Eu li e ouvi sobre os casos pelo rádio, pela televisão e por podcasts ― com algum atraso talvez, mas soube no meu tempo).

Espera só para ouvir o que vão falar quando eu apagar meu perfil da plataforma... O que está me segurando lá é o que me faz refletir.

Ouvindo sobre o Pessoa

Não tenho falado muito de literatura neste blogue, mas me peguei muito preso neste episódio do podcast 451 FM, da revista 451:

451 MHz: # 174 Fernando Pessoa: todos os sonhos do mundo — 90 anos da morte do poeta.

Não sou muito de Fernando Pessoa, curto mais o que ele influenciou. Posso não gostar de Pessoa, mas gosto de quem gosta de Pessoa. Então por tabela gosto de Pessoa.

Mas o que se diz a respeito do autor nesse episódio fez-me ficar ainda mais interessado pela sua única obra que me interessa, “Livro do Desassossego”.

O livro são várias anotações do diário de Bernardo Soares, um pseudônimo pessoano, um “simples ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa”. Trata-se de uma “narrativa sem narração” ― alguns diriam uma prosa poética, outros um romance moderno. Na primeira vez em que o folheei (há dez anos), me agradou o caráter fragmentário e imagético do livro. Nas aulas de literatura portuguesa do curso de Letras, nosso professor sugeriu que lêssemos não linearmente, pulando à página do nosso gosto.

Mas voltando ao episódio da 451 em si, recomendo a escuta mesmo àqueles que já conhecem o autor português. Acho que há uma infinidade de coisas sobre as quais não sabemos tão facilmente e que o áudio-programa destrincha bem. Infelizmente, até por conta da ocasião do aniversário de morte do poeta, não tocaram no seu discurso racista.

Fast web

Estou prestes a enviar um meme por e-meio. Este é o atual estado digital.

Já disseram que parei no tempo. Só estou cansado de fast web.

Desejos para 2026

  1. usar mais dinheiro vivo, pois detesto depender de eletricidade e de internet para pagar minhas coisas em balcões;

  2. arrumar um “trabalho de verdade” (com alguma formalidade e constância);

  3. estar cronicamente offline;

  4. encerrar a imersão no francês (ano que vem completará dois anos que estou nesse idioma);

  5. e começar a estudar alemão.

(“Desejos”, porque quem tem meta é empresa).

O desconhecido na língua estrangeira

Por que é menos desesperador ver uma palavra desconhecida na língua materna do que ver uma palavra desconhecida em língua estrangeira?

Estava aqui dando uma lida no meu agregador de RSS e fui clicando nas notícias. Aquelas em inglês eu batia o olho e na primeira palavra estranha eu desistia e ia para a próxima notícia. Aquelas em português, mesmo que eu não soubesse o que significava o termo, seguia na leitura.

Já tenho uma boa jornada com inglês, e sei que com paciência eu saco o significado das palavras na hora. Um dicionário médio também serve. Ainda assim, tenho muita resistência a ler nessa língua. Não sou capaz de dizer agora se o mesmo acontece em outras línguas que aprendi.

Será que isso acontece só comigo? Duvido.

Questão de didática (sobre outros punks)

Pergunto-me por que os punks dos anos 2000 não chamavam o “sistema” simplesmente de “capitalismo”. Isso seria bem mais didático.

Linkroll

Seção em que faço uma curadoria de pontes que encontro pela internet.

Ouvi falar que o Pinterest tem enchido a si mesmo de lixo de IA. Tenho-lhe um substituto: are.na.

A plataforma é autodescrita como um lugar de “playlists, só que de ideias” ou “um palácio de memórias da internet”. Em poucas palavras, é um recanto de curadoria, seja de música, de sítios web, de imagens ou de vídeos ― algumas listas têm tudo isso junto e misturado.

Outra vantagem do Are.na é o seu repositório. Algumas listas datam de 2014. Ah, e não precisa de conta para navegar e nem tem loginwall como o Pinterest.

Esqueci de publicar essa ponte no último linkroll: um sítio lindíssimo mostrando com o efeito granulado (dithering) funciona. O efeito granulado, para quem não conhece, é uma forma de tornar uma imagem mais leve, pixelizando-a totalmente no degradê entre duas cores (em geral, preto e branco).

Dithering, part 1 (Visualrambling).

Tornei-me um fã desse efeito desde que comecei a acompanhar as publicações do Low-Tech Magazine, citado lá em cima, ilustradas com imagens em dithering. Cheguei a tentar publicar somente fotos com essa estética aqui nas Ideias, mas dá um baita trabalho editá-las e deixá-las em um servidor estável.

A sedutora, esquisita e colossal beleza da indústria: desde fábricas de bonecas sexuais nos EUA, centros de pesquisa nuclear, fazendas de maconha na Dinamarca e fábricas de sapatos na Indonésia.

The Unintended Beauty of Big Industry in the 21st Century – in Photographs (Flashbak).

Um sítio que divulga notebooks costumizados com adesivos e os organiza por temas:

Stickertop.

Essas artes são bem antigas (de meados da década de 2010), mas acho que ainda vale a divulgação: pôsteres imaginando propagandas de plataformas de entretenimento e redes sociais como se fossem tecnologias dos anos 1950. Gosto desse estilo retrofuturista e de como plataformas como Youtube e Facebook ainda eram vistas com uma certa simpatia...

Vintage social media ads as retro campaign (Brand Constructors).

Crescer entediado com os celulares está matando o poder transformador do tédio (ihu.unisinos.br).

Texto de newsletter pensando sobre resistência digital a partir da sutil guerra entre tecnologias no filme “Uma batalha atrás da outra” (2025), no qual “aparelhos analógicos aparecem como uma estratégia pra fugir da vigilância digital”.

Geriatria da tecnologia (Texto sobre tela ― Substack).

Considero “Uma batalha atrás da outra”, aliás, como um filme exemplar do que chamo de #offpunk.

Vídeo: “Sesame Street – Computer E/e”.

Citações

O smartphone é hoje um lugar de trabalho digital e um confessionário digital. Todo dispositivo, toda técnica de dominação gera artigos cultuados que são utilizados à subjugação. É assim que a dominação se consolida. O smartphone é o artigo de culto da dominação digital. Como aparelho de subjugação age como um rosário e suas contas; é assim que mantemos o celular constantemente nas mãos. O like é o amém digital. Continuamos nos confessando. Por decisão própria, nos desnudamos. Mas não pedimos perdão, e sim que prestem atenção em nós.

― Byung-Chul Han, filósofo teuto-coreano.

Não há condições de ensinar para uma mosca que mel é melhor do que bosta”

― meu psicoterapeuta.

Se uma árvore cai em um bosque e não há ninguém para a ouvir, ela faz ruído?

― Koan, um exercício mental budista.

Pedidos

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#notas


CC BY-NC 4.0Ideias de ChiricoComente isto via e-mailInscreva-se na newsletter


Close no rosto de um homem japonês. Ele tem cabelos longos, ao estilo dos anos 50. Tem uma mão apoiada no queixo e olha, de pálpebras baixas, para um ponto baixo. Foto em preto e branco.

O terno olhar de Osamu Dazai, escritor moderno japonês.

Uma daquelas publicações sem temas específicos, apenas com textos soltos que escrevo por aí, curadoria de links e citações.

Pensar em um computador desconectado

Depois de ler um texto do @ploum@mamot.fr falando sobre a construção de um computador que dure 50 anos ― onde também se fala do princípio de offlinefirst / localfirst ―, tive ganas de criar um repertório de documentos para deixar no disco rígido para consulta rápida e sem internet.

Já baixei alguns mapas (América do Sul, Brasil, Ceará etc.) e alguns dicionários. Tentei baixar o mapa de infraestrutura da minha cidade pelo OpenStreetMaps, mas não consegui direitinho. Penso em baixar o repositório da Wikipédia.

O mundo de fantasia dos motéis japoneses

O sítio web Flashbak, voltado a curiosidades históricas, publicou um artigo com algumas fotografias do francês François Prost mostrando a arquitetura de motéis do Japão.

Aí vê-se de tudo: navios, OVNIs, castelos encantados.

Se no mundo ocidental ou ocidentalizado, a discrição é essencial para um espaço sexual, não é este o caso dos motéis japoneses.

Sex In A Japanese Love Hotel

Reclames sobre um podcast

Odiei um recente episódio da Radio Ambulante, podcast hispanófono que conta crônicas da América Latina. Foi sobretudo com esse programa de áudio que aprendi a língua espanhola. Desde o período que comecei a o escutar ― 2022 ―, a vaibe do programa têm piorado muito.

Costumo pensar dez vezes antes de escutar algum episódio, porque com frequência ao fim dos episódios fica aquele clima de melancolia, de evento mal resolvido. Um episódio recente, La concursante, foi além disso, ele relata o assassinato de uma jovem adulta que participou de um populista programa de auditório do Peru, e que morreu por isso.

Estou espoilerando exatamente porque a escuta não vale a pena, apesar de que a construção narrativa do episódio seja muito bem tecida, e o trabalho de sonoplastia seja impecável, uma das especialidades da Radio Ambulante.

No entanto, afora o clima extremamente apelativo da história, que beira aos programas policiais, os produtores não nos contaram sobre como os meios de comunicação peruanas reagiram depois do episódio de assassinato, dos quais eles próprios foram catalisadores.

Uma pena.

Coisas de que mais gosto no Fediverso

  1. a comunidade capivarinha.club;

  2. a comunidade ayom.media e o seu ecossistema;

  3. o humor incessante do @miugnutos@bolha.one;

  4. a disponibilidade e gentileza geral dos membros;

  5. a diversidade de integrantes ― eu não tinha interagido na internet com pessoas neurodivergentes, surdas ou cegas até eu chegar aqui;

  6. a não hegemonia de usuários de língua inglesa;

  7. o tino slow web, com posts concentrados que só com muito esforço podem viciar o integrante fediversal;

  8. a autogestão;

  9. o respeito à privacidade em todos os sentidos ― você não precisa mostrar nenhuma informação pessoal se quiser, mas se quiser pode;

  10. Jefferson, flearows e bamblers;

  11. a infinidade de opções de plataformas e de interfaces disponíveis para interagir ― código aberto é poder!;

  12. o fato de que ninguém nunca obterá este espaço como mercadoria ou poderá censurá-lo, já que ele é 🌠 descentralizado 🌠 ;

  13. instâncias bem, bem barristas, tipo a masto.nyc (para usuários de Nova York) e a mastodon.bahia.no (para usuários da Bahia);

  14. e por falar em bairrismo e identidade, gosto também de como cada instância pode ter uma cara própria, com emojis próprios e uma cultura própria;

  15. a polyglot.city, que é a minha comunidade espiritual;

  16. o fato das redes fediversais serem de baixa manutenção, ou seja, você não precisa estar entrando todo dia nem de se esforçar para conseguir seguidores para, a curto ou longo prazo, ter uma boa experiência;

  17. ah, já ia me esquecendo do principal: não há influenciadores, trolls, propagandas ou empresas;

  18. a curadoria musical do @gaviota@weatherishappening.network (te amo, Gaviota!);

  19. como o Fediverso nunca segura o membro em seu espaço, já que estamos sempre nos redirecionando para outros sítios web;

De todas as filias, a pior é a filIA

Li em um blogue a seguinte frase:

Nós que somos entusiastas de IA.

Entusiastas de IA. Entusiastas de IA. Entusiastas de IA. Entusiastas de IA...

Incrível é como é comum encontrar esse perfil dentro da neoblogosfera!

Novamente o computador

Não sou de ter saudade, mas sinto falta de quando o computador era a grande tecnologia do momento. Com o computador como portal único da internet, havia um limite entre estar desconectado e conectado. Todos os meus esforços para tornar meu telefone um aparelho offline first provavelmente vá nesse sentido...

Offpunk

Estou simplesmente encantado pelo navegador #Offpunk/ #XKCDpunk, desenhado pelo escritor belga @ploum@mamot.fr. É um navegador para protocolo #Gemini, que roda totalmente no #terminal do sistema e que pode funcionar sem internet, mantendo páginas visitadas ou agendadas em cache.

Agora passo a maior parte do meu tempo no computador desconectado e a sensação é ótima.

Você pode saber como clonar ou instalar o Offpunk por aqui.

Explicando o Fediverso

Como vcs explicam pra alguém de forma simples o q é o fediverso?

Fediverso é Twitter, Youtube, Facebook e Instagram, tudo junto e misturado, só que sem influenciador, parente e nem bilionário.

Outra imagem do mesmo homem, mostrando o seu dorso. Ele está vestido em um kimono, na mesma posição. Tem seu punho sobre uma mesa, no qual pende uma pena, e abaixo do qual está um papel. Ele olha diretamente para a câmera.

Outra vez Osamu Dazai.

Youtube formicapunk

Partindo de um conceito vindo do @bouletcorp2@mastodon.social, o formicapunk ― aqui a arte de onde vem o conceito ―, o @ghettobastler@mastodon.art desenhou e executou o 3615-Youtube, um gravador de vídeos do Youtube para fitas VHS a partir de um Minitel, um terminal francês de vídeo-texto de 1978.

Aqui o vídeo do projeto sendo operado: https://www.youtube.com/watch?v=kMp8XH5ZHtM

Fotografia do projeto 3615-Youtube, um terminal de vídeo-texto, um computador bem simples somente com teclado de membrana, sobre um aparelho de fita VHS. Na tela do terminal, há a tela inicial do programa, onde é possível ler “3615-Youtube”.

Favoritismos

No último dia 14, fui à palestra do escritor cearense de biografias Lira Neto sobre seu recém-lançado “Oswald de Andrade: Mau Selvagem”, no auditório da reitoria da UFC. No último momento da palestra, na rodada de perguntas, elaborei uma questão que pensara durante toda a sua fala. Saquei o telefone do bolso, no bloco de notas escrevi

Eu me interesso por Oswald de Andrade, porque me interesso por Décio Pignatari, cujos amigos denominaram o “Oswald magro”. Como um fio puxa outro, queria saber se, em suas andanças acadêmicas, houve alguma relação entre você e Pignatari, mesmo que bibliograficamente. Além disso, poderia falar mais sobre a relação entre Oswald de Andrade e o movimento de Poesia Concreta?

e o guardei.

Passaram-se duas falas de pessoas célebres da cultura de Fortaleza; outras de pessoas não tão célebres, mas próximas ao autor; outras de pessoas nem tão célebres e nem tão próximas ao autor, mas arrumadinhas. Quando o meu sinal para a pergunta foi notado, o organizador da palestra disse que o tempo para perguntas já havia encerrado. Com o livro debaixo do braço, humildemente saí do auditório, sabendo que essa pergunta não seria respondida ali. De qualquer forma, na maioria das vezes a audiência não é tão interessante quanto o palestrante.

Publico essa dúvida neste espaço na esperança de que alguém me a responda e como forma de protesto contra eventos literários, que sempre parecem ser feitas para dez pessoas.

Imagem da capa do livro “Oswald de Andrade: Mau Selvagem”. Imagem da capa: um homem velho e ranzinza de braços cruzados olha para a câmera.

Na palestra. Flagra do ator Ricardo Guilherme, no canto superior direito da foto.

Frasezinhas e ready-mades

Openbar é pá pimbar.

― Ouvi de relance em algum lugar.

Vantagens de ensinar para adultos: eles se comportam e prestam atenção na aula. Desvantagens de ensinar para adultos: eles não desenham o professor e nem lhe escrevem cartinhas.

Eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Vivo com apenas o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade.

— Pepe Mujica (R.I.P.), esse Hirayama do Uruguai.

Lidar só com gente simpática em Fortaleza ― meu Deus... que solidão.

O bom de falar em LIBRAS é que ninguém cospe no outro.

Interpreto capinha como “roupinha de telefone”. Quando ele está em casa, fica sem nada, peladinho como veio ao mundo.

#notas #tecnologia #cultura


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