Felipe Siles

Espaço onde organizo, registro e compartilho algumas reflexões e práticas sobre tecnologia e cultura. Espero que seja útil e ajude a despertar boas ideias.

A F-Droid é um catálogo de aplicativos livres e de código aberto para a plataforma Android. Funciona mais ou menos como a Play Store, só que apenas com aplicativos livres. Isso significa que esses aplicativos não vão ficar te mostrando propaganda e muito menos te espionar ou coletar seus dados de forma suspeita. Ainda é possível acrescentar outros repositórios e eu recomendo fortemente que vocês acrescentem também a IzzyDroid. Então, para ajudar quem está começando no mundo do software livre, eu separei alguns aplicativos da F-Droid que eu utilizo no meu cotidiano.

AdAway: bloqueador de anúncios bem prático e não precisa fazer root no celular, funciona por VPN;

AntennaPod: meu agregador de podcast preferido, utilizo há anos já! Muito customizável, ainda quero escrever um texto mostrando como eu o configuro para não perder nenhum episódio dos podcasts que sigo, mas ao mesmo tempo não ficar ansioso com os contadores de episódios;

Aurora Store: cliente da PlayStore, ideal para quem quer desgooglar seu celular, sem abrir mão de alguns aplicativos principais;

Auth: verificação em duas etapas;

Bodhi Timer: temporizador para meditação, com visual minimalista, elegante e sons agradáveis;

BookWyrm: alternativa ao Goodreads e Skoob, integrado ao Fediverso (recomendo a ótima instância brasileira Velha Estante);

Breeze Weather: previsão do tempo;

DAVx5: sincroniza agenda, contatos, tarefas, muito bom para quem quer ficar livre dos serviços Google;

Element: cliente de Matrix, mensageiro que tem como recurso interessante fazer pontes com outros serviços;

Ente Photos: boa alternativa para quem quer desmamar da Google. Sincroniza fotos, mais ou menos como o Google Photos;

Feeder: leitor de RSS muito customizável;

Forkgram: cliente de Telegram com algumas funcionalidades extras interessantes;

Jerboa: cliente de Lemmy, uma alternativa federada ao Reddit;

Joplin: utilizo há muitos anos para anotações, alternativa ao Evernote e Google Keep;

K-9 Mail: cliente de emails, semelhante ao Thunderbird;

LibreSpeed: para verificar a velocidade da internet, alternativa livre ao Fast da Netflix;

Librela Reader: abre documentos em diversos formatos, como doc, pdf, odt;

Loop: aplicativo que ajuda a acompanhar e monitorar hábitos. Dá pra programar notificações para beber água, ler um livro, ou qualquer hábito que você queira implementar no seu cotidiano;

NewPipe: cliente simplesmente perfeito para Youtube, Soundcloud, Bandcamp e PeerTube. Dá para assistir os videos sem propaganda, assinar canais, criar grupos/categorias de canais e até baixar vídeo e/ou áudio. Um cliente de Youtube melhor que o aplicativo original;

Nextcloud, Notes e Talk: serviço de nuvem com várias funcionalidades marotas. Para quem quer conhecer e começar a usar, dá pra instalar o Nextcloud num servidor caseiro, ou então usar algum servidor de terceiros, como o Disroot, por exemplo;

Organic Maps: alternativa ao Google Maps;

Pachli: cliente Mastodon melhor que o aplicativo original. Minimalista e bem customizável, excelente para quem migrou do Twitter, já que possui design parecido;

ProtonMail: serviço de e-mail seguro e criptografado;

Screen Time: contador do tempo de tela;

Semitone: bem útil para musicistas de plantão, é afinador, metrônomo e piano virutal;

Share to Clipboard: copiar e colar privativo;

Simple File Manager: gestor de arqivos;

Tasks: aplicativo de tarefas, sincronizável com o DAVx5;

Tracker Control: aplicativo que bloqueia o acesso à internet dos muitos rastreadores presentes nos aplicativos e sistema operacional;

Trail Sense: aplicativo com diversos recursos de navegação, ideal para quem gosta de trilhas, acampamentos e afins. Tem bússola, lanterna, apito, recursos de astronomia e mais um monte de bugigangas;

Transistor: agregador de radios online;

Tuta: mais um serviço de e-mail seguro e criptografado;

VLC: player multimídia, toca música e videos;

Yet Another Call: bloqueia ligações indesejadas, baseado numa base de dados pública.

Conclusão

Espero que você tenha gostado desse texto, que algum desses aplicativos seja útil para você, ou que pelo menos o texto te instigue a procurar seus preferidos. A F-Droid é organizada em categorias, e é bem legal explorá-las, para descobrir novos apps. Volta e meia faço isso, e assim que eu descobri vários aplicativos dessa lista. Se eu descobrir novos aplicativos, vou atualizando. Outra forma interessante de descobrir aplicativos é usar sites como o “alternative to” e colocar a F-Droid no filtro para descobrir uma alternativa a outros aplicativos.

Espero que este texto tenha sido útil, até a próxima! Felipe Siles é pesquisador musical, educador e produtor cultural. Escrevo esta coluna voluntariamente, mas se quiser me pagar um cafezinho e contribuir para que eu escreva mais, segue minha chave pix: felipesilespix@protonmail.com

Esse trabalho é licenciado por Attribution-ShareAlike 4.0 International

Se tiver vontade de comentar o texto, me deixa uma mensagem no Mastodon

Introdução

Como dizia minha professora de piano, Silvia Goes, precisamos ter a ousadia de ser cobaias de nós mesmos. E diante do meu ódio visceral contra a Google, por ter feito a contra-propaganda da PL das Fake News, quis provar pra mim mesmo que é possível viver sem utilizar os aplicativos, ferramentas e softwares da Google. Ressalva importante: eu sei que, em alguns casos, alguns aplicativos que vou citar utilizam dados da Google ou são clientes ou front-ends para acessar conteúdo deles. Mas diante da presença que a big tech ocupou no nosso cotidiano, em alguns casos eu acho a política de redução de danos bem válida. E se o YouTube é um negócio que lucra com a publicidade, assisti-lo sem as propagandas não deixa de ter seu nível de subversão. Discussões mais abstratas a parte, vamos para as dicas concretas. Na primeira parte vou trazer os aplicativos, sites, softwares e ferramentas alternativos a serviços da Google. E na segunda parte vou detalhar como configurei cada dispositivo para rodar Google o mínimo possível. No final eu detalho como pretendo fortalecer o Fediverse, migrando meu conteúdo da big tech para plataformas livres. Importante ressaltar que não sou profissional da área de tecnologia e informática, sou apenas um entusiasta do Linux e dos softwares livres. Outro detalhe importante é que estou fazendo um relato pessoal, do que funcionou para mim. As eventuais adaptações podem variar de pessoa pra pessoa, do uso, dos hábitos e principalmente do trabalho e estudo, onde muitas vezes não temos tanta margem pra decidir algumas coisas.

Espero que seja útil!

Alternativas aos aplicativos e serviços

Para escolher as ferramentas, eu utilizei os seguintes critérios, em ordem de prioridade:

  1. Código aberto e software livre
  2. Código aberto e freemium
  3. Proprietário e freemium

O site que utilizei para essa pesquisa foi o alternativeto.net, onde inclusive é possível utilizar esses filtros para facilitar a pesquisa. Cheguei no seguinte resultado:

Gmail (serviço): Disroot, Tutanota, Protonmail Gmail (aplicativo): Thunderbird, K9 Mail Google Drive (armazenamento): Nextcloud/Disroot, Proton Drive Google Drive (suíte office): Cryptopad/Disroot, Pad/Riseup.net, Only Office Google Maps: Open Street Maps (cliente Android: Osmand) YouTube (clientes e front-ends): Individious (instância tube.bolha.one) e New Pipe (Android) YouTube (alternativas): Peertube, Odysee Bem estar digital: Stay Free Google Chrome: Firefox, Vivaldi Google Keep: Joplin, Obsidian, Notion Google Photos (sincronizar): Stingle Photos Play Store: F-Droid, Aurora Store Google Meet: Jitsi Meet, Disroot/Nextcloud Talks Calendário: Nextcloud/Disroot + DAVx5, Tutanota, Protonmail Contatos: Nextcloud/Disroot + DAVx5 Google Authenticator: Authy Files: Gestor de arquivos simples pro Buscador Google: DuckDuckGo Classroom: Moodle

Dispositivos

O computador foi o mais fácil, já utilizava o Firefox como navegador principal (já configurado com pesquisa pelo DuckDuckGo), instalei a extensão Lib Redirect, que redireciona automaticamente links que vão para o ambiente da big tech para clientes e front ends, permitindo você acessar o conteúdo. Substituí o Chromium pelo Vivaldi, como meu navegador secundário. E configurei para receber meu e-mail USP (que infelizmente é da Google) no Thunderbird. Passei todos os compromissos da agenda USP/Google para a conta do Disroot/Nextcloud.

O iPad foi relativamente simples também. Desinstalei todos os aplicativos da Google, coisa que é bem tranquila no ambiente da Apple. Os únicos apps que mantive foram o Google Drive e o Classroom, por conta da USP, já que vários professores usam esses dois sistemas. Mas uma coisa que eu gosto no IOS é o aplicativo “Arquivos”, que navega bem pelas diferentes nuvens, não havendo necessidade de eu acessar o aplicativo do Google Drive, já que esse app nativo acaba sendo um cliente. E achei que o OnlyOffice no iPad funcionou surpreendentemente bem como substituto para a suíte office da Google, com a vantagem de que salva em todas as nuvens: iCloud, Nextcloud e, se quiser, até no próprio Google Drive. Importante ressaltar que o iPad é um dispositivo que utilizo para fins quase que exclusivamente acadêmicos.

Desinstalei o YouTube da minha Roku TV e estou com a fonte do Xbox One no conserto, mas minha ideia é desinstalar nele também. Mudei a Roku TV para a sala, conectei na mesma tv do videogame, já que minha ideia é utilizar o Xbox mais como videogame mesmo e deixar a função de assistir streaming completamente secundária. Na Roku TV não consigo instalar o New Pipe, já que o sistema operacional dela é bem fechado e não permite instalar aplicativos externos. Aqui chegou a única parte onde eu realmente coloquei a mão no bolso, investi numa Mi Stick TV da Xiaomi. Estou esperando chegar, mas minha expectativa é ela rodar o NewPipe e ficar no meu quarto, onde antes estava a RokuTV.

Chegamos à parte mais complexa, o celular. Meu celular é um guerreiro Redmi 6 da Xiaomi, comprado em 2019 e segue firme e forte. Por incrível que pareça, não tive grandes dificuldades em desinstalar, já que o Android nos celulares Xiaomi já é customizado pela empresa, o MIUI, tendo inclusive a própria loja de aplicativos, a GetApps. Então o que eu vou dizer aqui eu não sei se vai se aplicar em todo celular Android. Desinstalei absolutamente TODOS os aplicativos da Google pressionando sobre o ícone e depois selecionando a opção do lado esquerdo. Consegui desinstalar até a PlayStore com facilidade, o que me deixou bem surpreso. Desloguei minha conta Google do celular, aí ele automaticamente desligou o Google Services. E no lugar dos apps, instalei os sugeridos na sessão anterior. Fiquei com 3 lojas de apps: GetApps, F-Droid e Aurora Store. Ainda está no meu horizonte usar uma custom ROM, provavelmente o LineageOS. Não estou satisfeito com o MIUI, principalmente pelo fato dele ter muita propaganda. Mas não posso deixar de ressaltar positivamente o fato de conseguir desinstalar os apps da Google, desligar os services, deslogar a conta e ainda percebo que o desempenho do aparelho melhorou absurdamente sem os serviços da big tech operando por baixo dos panos. Confesso que não sei como seria a experiência em outras marcas, depois vocês me dizem.

Fortalecimento do Fediverse e softwares livres

Além das substituições, quero contribuir, com o que tenho de ferramentas, para a melhoria desses softwares e plataformas livres. Algumas medidas concretas que já venho adotando ou pretendo adotar:

  • Criar pastas de compartilhamento com conteúdo de utilidade pública usando a nuvem da minha própria instância no Mastodon, a Ayom/Nextcloud;
  • Estou aos poucos migrando todos os vídeos que estavam no meu canal do YouTube para as plataformas Odysee e Peertube (instância Fediverse.tv) e a partir de agora vou apenas subir vídeos e criar conteúdos em plataformas livres;
  • Produzo um podcast, o Estação Música, que é livremente distribuído por RSS;
  • Quero colaborar no Open Street Maps, marcando diversos locais da minha cidade, Cosmópolis-SP;
  • Quero divulgar mais esse conteúdo, produzido no ambiente das plataformas livres, para pessoas leigas e não iniciadas nesse mundo. As pessoas podem se interessar pelo conteúdo em si, e passam a conhecer essas ferramentas.

Conclusão

Não me vejo em posição de superioridade moral a ninguém pelas minhas escolhas. Se alguém precisa utilizar serviços Google, pelo motivo que for, tem minha compreensão. Tenho raiva da Google, não dos usuários. Somos nós contra eles. Na posição de militante e de fuçador de tecnologia me encontro em condições de abrir mão de alguns pequenos confortos em nome da militância pelo software livre e principalmente pelo aprendizado.

Espero ter contribuído, de alguma maneira!

Obrigado pela leitura!!!

Espero que este texto tenha sido útil, até a próxima! Felipe Siles é pesquisador musical, educador e produtor cultural. Escrevo esta coluna voluntariamente, mas se quiser me pagar um cafezinho e contribuir para que eu escreva mais, segue minha chave pix: felipesilespix@protonmail.com

Esse trabalho é licenciado por Attribution-ShareAlike 4.0 International

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Dia 1° de maio, dia do trabalhador, de lutas, de reflexão. A despeito desse importante fato, as elites globais do atraso não se cansam de praticar cinismo e tentam operar um verdadeiro golpe publicitário bem nessa data histórica. Pra quem perdeu esse tragicômico e discarado episódio da história da internet brasileira, a Google estampou com todas as letras embaixo do seu buscador: “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. O link cai em um artigo curto do blog da própria Google cheio de inconsistências e suposições abstratas, com um link para outro artigo mais longo e detalhado, do mesmo autor. Basicamente a Google sentiu o golpe e, no desespero, apelou por uma prática abusiva, já denunciada pelo Ministro da Justiça Flávio Dino.

Quem é da bolha tech, gosta do mundo opensource, linux, ou simplesmente se interessa pelos impactos da tecnologia na nossa vida já percebia há muito tempo o efeito prático nocivo das plataformas: desde uma aparente correlação entre Instagram e aumento da depressão e suicídio entre adolescentes, até mesmo à influência direta de conglomerados como o Facebook em decisões políticas importantes para o planeta, como o Brexit e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Com o passar do tempo tudo foi ficando mais cristalino... veio o Facebook Papers... até alguém um pouco mais desavisado percebeu o problema em documentários como “Dilema das redes”, que pode ser assistido no poderoso conglomerado Netflix. E foi ficando mais nítido, quando Elon Musk comprou o Twitter e começou a agir como o dono da bola mimado, tomando decisões completamente arbitrárias em sua rede, como por exemplo trazer de volta o ex-presidente Trump, que havia sido punido por violar as regras da plataforma.

Até então esse assunto era concentrado em nichos muito específicos. O próprio Twitter, no Brasil, é um nicho também, possui menos usuários ativos por aqui que o Pinterest, por exemplo. Mas alguns fatos vieram à tona e furaram a bolha: tivemos 4 anos de um governo fascista e negacionista disseminando fake news e sendo investigado por diversas CPIs, como a da COVID. Tivemos a invasão dos três poderes em Brasília pelos “patriotários”, numa tentativa de golpe de estado anti-democrática, reprovada por maior parte da opinião pública. E, mais recentemente, voltaram aos noticiários os casos de ataques em escolas, causando um verdadeiro pânico moral em praticamente toda a população. A extrema direita brasileira costuma ser muito boa em mobilizar esse tipo de pânico em cima das “nossas crianças”, mas parece que nesse assunto em específico eles possuem dois calcanhares de Aquiles: o fetiche pelo armamento e a dependência da máquina de fake news que patrocina facebook, instagram, google, twitter e cia.

Pela primeira vez em muitos anos o assunto de como as plataformas afetam diretamente a nossa vida chegou de verdade na maioria da população. Podemos questionar o sensacionalismo e o pânico moral decorrentes dos ataques na escola, mas é inegável que ele produziu um efeito na maioria das pessoas, que tem filhos, parentes ou filhos de amigos nas escolas. E também é a primeira vez que temos no Brasil um esforço institucional para colocar algumas regras nessa terra sem lei, que é o oligopólio da internet pós-zuckberg. Os pais começam a se preocupar com o que os filhos consomem nos chats do Discord enquanto jogam, com o que consomem na internet, no geral. E quando uma empresa gigante como a Google se coloca contra uma PL das Fake News, passa o recibo até para o cidadão comum.

Pelo que fiquei sabendo, esse assunto da Google e a PL chegou até o Jornal Nacional. A bolha tech foi furada, finalmente. Nunca estivemos tão próximos de uma legislação que vai começar a abrir uma pequena fresta na merda em que estamos afundados. Eu não me lembro, em nenhum outro momento, de ver uma ação desesperada como essa da Big Tech, aqui no Brasil.

É hora de falar com absolutamente TODO MUNDO sobre esse assunto! E não é fazer postizinho do instagram, promovendo o auto-engano de que fez a sua parte. É puxar assunto com cara aleatório na padaria, é falar com parente, com vizinho, com amigo do trabalho sobre o assunto. É fomentar o debate FORA DO AMBIENTE DAS BIG TECHS: na padaria, no boteco, em casa, no trabalho, na escola, na faculdade. É começar a sugerir outros aplicativos para a galera, de chegar com dados consistentes que mostrem para as pessoas todo o mal que a big tech opera sobre nós nas últimas décadas. É pegada estilo “vira-voto 2018” mesmo, precisa da mesma mobilização, ou até superior, já que estamos num momento tão ou até mais importante do que aquele.

Não sabemos se teremos outra oportunidade como essa, não vamos desperdiçar...

Espero que este texto tenha sido útil, até a próxima! Felipe Siles é pesquisador musical, educador e produtor cultural. Escrevo esta coluna voluntariamente, mas se quiser me pagar um cafezinho e contribuir para que eu escreva mais, segue minha chave pix: felipesilespix@protonmail.com

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