Apresentações e percepções de usos

Meu toot fixado no mastodon é:

Me chamo Yuri Bravos. Aqui costumo falar de coisas que estou pensando (no gerúndio mesmo), muitas vezes sem conclusões apresentadas.

Costumo pensar em temas como urbanismo, sustentabilidade, aprendizado de línguas, rpg de mesa, espiritualidade católica, filosofia, animes, ser no mundo, etc.

E meio que é o que eu pretendo fazer aqui, mas de modo mais estendido. Pensei em começar aqui com espiritualidade católica, mas os receios me impediram e em outro post posso vir a falar sobre isso.

Então hoje será sobre coisas que estou usando a algum tempo e sobre como estou avaliando esse uso. A curadoria de experiências não seguirá nenhum critério lógico além de: estou usando e estou pensando no uso.

Então, vamos!


Tênis barefoot

Primeiro, urge um termo em português pra esses sapatos com desenho mais largo, coerentes com o formato natural de um pé humano. 🦶

Comprei um modelo descontinuado da Feet of Tomorrow cujo nome era Yette. Estava em promoção num preço pagável, embora não barato (menos de 350 reais).

Foto publicitária do modelo de tênis Yette da Feet of Tomorrow. Mostra um pé do tênis de lado. O tênis é branco com detalhes frontais e laterais cinza, o cadarço é preto. O aspecto do tecido do tênis é de um tecido bastante respirável pois tem inúmeros pequenos furos.

Eu trabalhei muito tempo como autônomo, então tinha muita liberdade de usar sandálias ou chinelas. Quando passei a trabalhar num emprego CLT tradicional, precisei usar sapatos. E terminava o dia com o pé incomodado, sabe? Não era dor, mas passava o dia apertado e era desagradável. Decidi apostar.

Estou usando ele há cerca de dois meses, quase todos os dias. Demorou um pouco mais que o esperado porque segui a medida de tamanho do site, que dizia que eu deveria usar um 39, e acabou que o sapato ficou pequeno. Tive de fazer a troca para o número padrão que sempre usei que é 40.

O modelo é bem ajustado ao tornozelo pois ele tem um elástico com desenho bem compatível ao volume dessa articulação. O espaço para o pé é bem maior mesmo e os dedos não ficam absolutamente em nada apertados.

Sendo que o modelo tem umas partes mais rígidas nas laterais: a parte cinza que dá para ver nas fotos. Como estou usando sem meias, já que elas também comprimem o pé, quase fico com um calo no pé esquerdo por conta disso. Algumas semanas de uso e já não é um problema.

O sapato é bastante flexível e tem um solado fino, o que permite sentir seu pé atuando como um pé enquanto você caminha: os dedos se mexem, fazem força e se flexionam, de maneira muito similar a se estivesse descalço.

O uso durante oito horas ainda gera algum leve desconforto. Contudo, com sapatos normais eu precisava massagear o pé para aliviar, com este, dez minutinhos depois de tirar já está tudo certo.

O cadarço deixa um pouco a desejar, é fininho e desamarra com bastante facilidade.

Objetivo da aquisição foi atingido ✅: próximos tênis devo comprar no mesmo estilo e provável na mesma marca.


Pulseira Inteligente

Foi um misto de curiosidade de oportunidade. Sabia que essas pulseiras servem mais como sensores de sinais vitais. Não era muito minha praia, mas estava curioso e tive a oportunidade de comprar por 150 reais. Comprei a Mi Band 8 da Xiaomi.

Foto publicitária da Mi Band 8. A tela da pulseira tem um formato retangular, mas as pontas terminam em semicírculos. A pulseira em si é de borracha preta fosca. A tela pode ser trocada, a da foto mostra a tela padrão de fábrica com horário, data, temperatura e porcentagem de bateria e contadores no formato de pista de atletismo em três cores.

Por algum tempo usei todas as funções de medição ativa e depois de alguns meses as métricas estavam bastante consistentes. Pude atestar que dormia bem, meu nível de estresse é surpreendetemente baixo — o dia de maior transtorno pontou 46, normalmente fica 36 — e meu coração bate os esperados 80 bpm.

Desativei quase todas as medições e agora me divirto mudando as telas da pulseira de acordo com a roupa que estou usando, respeitando minha paleta pessoal. Queria comprar as pulseiras alternativas, porém nunca achei para vender que chegasse no Brasil.

As notificações na pulseira, meio que cortei quase todas. Tem hora que você surta, mas é ótima para o alarme de bater o ponto.

Objetivo da aquisição foi... atingido? ✅: não tinha muito objetivo, pra falar a verdade. Era um teste. Não sei se compraria outra igual. Talvez um relógio inteligente sim, mas uma pulseira, não. Dito isso, usarei essa até se acabar.


Zen to Done

Pra não falar só de objetos adquiridos, vamos falar de hábitos. Conheci esse método de organização pessoal pelo site do @augustocc@social.br-linux.org o Efetividade.

Li, achei interessante, vi alguns outros posts relacionados e comecei a tentar fazer. As primeiras tentativas foram meio xoxas e capengas, mas o conceito das Grandes Rochas é bem bacana e lhe ajuda a resolver as coisas que você achou importante pro dia.

Depois eu localizei um pdf traduzido descrevendo melhor o método e que está disponível aqui e captei mais alguns detalhes importantes. Foi aí a coisa começou a andar melhor.

Ainda estou adquirindo o hábito de capturar tudo e de começar o dia fazendo as Grandes Rochas, mas algumas coisas já começaram a andar. Por exemplo, eu finalmente comprei uma pedra de amolar (a famosa mó) para manter as facas da cozinha lá de casa em condições de uso. E vi vídeos sobre amolação de facas e fiz a primeira tentativa. Eu tava querendo fazer isso tem meses.

Então se deu efeito nisso, imagina nas coisas importantes de verdade.

Ainda planejo ler o livro completo.

O processo de aquisição de hábitos vai bem, obrigado.


Big Linux

Com o tempo a gente fica velho e sem paciência pras coisas. Inclusive para ficar crackeando programas e sistemas. O Windows do meu computador além de me humilhar dizendo que não estava ativo, ainda me impedia de trocar meu papel de parede.

Então eu tive que tomar medidas drásticas.

Tela de boot do Big Linux. No centro o logo da distribuição é circundado de um círculo azul formado por 3 arcos de círculo que giram dando uma sensação de carregamento. O logo é a palavra big escrita em azul. O fundo da tela de boot é preto.

Larguei o Windows queimando pontes com quaisquer programas que usava enquanto atuava como arquiteto e pulei para um Linux. O plano era manter um dual boot para ter a segurança de um sistema que conhecia e testar o novo. Mas o grub nunca apareceu, não importasse o número de feitiçarias que me ensinassem no fediverso ou que eu procurasse nos fóruns de dúvidas. Então decidi deixar só o Big Linux.

Escolhi essa distribuição porque é brasileira e sou meio bairrista, sim. E em algum lugar do site também dizia que o Big Linux era a melhor coisa desde o pão com manteiga. Isso me pegou demais!

Estou fazendo um uso bem de usuário médio, tendo que me adaptar com alguns programas com interface nova, mas nada que seja do outro mundo. Algumas coisas não funcionaram de primeira, como usar o celular de câmera no Discord. Mas segui a dica de instalar o programa via Flatpack e funcionou. Estava usando antes um webapp já configurado da distro.

No geral, segue tudo muito bem e tudo muito bom. Tô aprendendo várias coisas. Acho que não volto pro Windows, a não ser obrigado.


Vamos parar por aqui para não ficar muito longo. O objetivo desse post era simplesmente começar. Pois começamos.